Pix movimenta trilhões e completa três anos como peça-chave para democratização financeira no Brasil

Crédito: banco de dados do Canva

Sistema de pagamentos do Banco Central impulsionou inclusão bancária no país, beneficiando consumidores e empresas

Em três anos de existência, o Pix se consolidou como um dos principais instrumentos de democratização financeira no Brasil. Criado pelo Banco Central (Bacen) em novembro de 2020, o sistema não apenas acelerou transações, mas também ampliou o acesso a serviços bancários, reduzindo desigualdades históricas. Dados oficiais do Bacen sobre a alta de mais de 50% nos valores de transacionados no pix, mostram a transformação de hábitos de consumo e negócios.

Para Ticiana Amorim, fundadora e CEO da Aarin, o Pix foi um marco na inclusão financeira. “O Pix eliminou barreiras como tarifas e lentidão nas transferências, beneficiando tanto o cidadão comum quanto os negócios. Para o consumidor, significa praticidade e custo zero. Já para as empresas, especialmente micro e pequenas, a ferramenta agiliza os recebimentos, contribui para a redução da inadimplência e aumenta a competitividade. É um caso claro de inovação que gera impacto social positivo notável”, avalia.

O início desta transformação se deu de forma quase obrigatória, quando a pandemia da Covid-19 colocou a população mundial dentro de casa. Para evitar uma maior disseminação do vírus na população brasileira, o governo e os bancos ajudaram a promover a bancarização e a digitalização bancária de milhões de brasileiros, e de forma muito rápida.

Nessa época, a nova tecnologia de transação automática, ainda desconhecida pela população, já estava em estudo no Banco Central. Com as lojas físicas fechadas (ou parcialmente abertas) e o distanciamento social, o Pix entrou em cena com o potencial de incentivar, entre outros pontos, a “eletronização” do mercado de pagamentos de varejo.

Segundo o Banco Central, o Pix registrou 63,51 bilhões de operações e movimentou mais de R$ 26 trilhões em 2024, alta de 54% em relação a 2023. Nesse ano, o volume transacionado foi de R$ 17,2 trilhões, crescimento de 57,8% sobre 2022, quando o valor totalizou R$ 10,9 trilhões — mais que o dobro de 2021. Os números confirmam o Pix como parte essencial da economia digital.

O Banco Central já estuda novas funcionalidades, como o Pix Garantido (que permite parcelamento) e integração com outros países. Além disso, para este ano, o órgão já iniciou a implementação do Pix por Aproximação e deve iniciar o Pix Automático, que permitirá pagamentos e cobranças recorrentes.

“O sistema segue revolucionando como brasileiros lidam com o dinheiro, provando que tecnologia, quando bem aplicada, pode ser uma força poderosa de democratização”, finaliza Ticiana.

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